Ser um gestor de propriedade envolve a expertise em diversas áreas, sendo a principal delas o conhecimento jurídico – que será o norteador nas tomadas de decisões do síndico, administradora de condomínio ou síndico profissional.
Entretanto, poucos sabem que a gestão condominial vai além de uma análise legal/jurídica.
Por isso, o conteúdo abaixo tem o intuito de mostrar a vocês 5 dicas fundamentais sobre gestão em condomínios.
Vamos lá?
1. CORPO JURÍDICO NA GESTÃO EM CONDOMÍNIOS
A vida condominial envolve o conhecimento em diversas áreas, bem como a interface entre elas.
Frente a isso, a parte jurídica é fundamental, pois é através dela que grandes decisões são tomadas, além de inúmeros procedimentos administrativos que passam pelo contexto da lei, como modelo de atas, notificações, cobranças, convenção de condomínio, regulamento interno dentre tantos outros.
Todos os exemplos citados acima devem ser realizados com cautela, pois caso seja realizado de forma errônea, pode acarretar problemas diversos ao condomínio ou ao seu gestor.
Por esse motivo, é fundamental contar com o apoio de um corpo jurídico da área condominial, evitando transtornos e prejuízos.
Parece simples, mas alguns gestores de propriedade preferem arriscar na tomada de decisão sem o auxílio desses profissionais, o que não é recomendado.
2. REALIZAÇÃO DE AUDITORIA
Tradicionalmente, o que a administração de condomínios entendia como auditoria era um sistema antigo, em que as pastas de contas do condomínio circulavam entre os conselheiros.
Conselheiros, normalmente, não têm o conhecimento técnico necessário para garantir que os números estejam corretos. Ao fim do ano, suspeitas ou desavenças podem fazer com que seja necessário contratar uma auditoria investigativa — um serviço caro e que envolve muito transtorno.
Por isso, é fundamental contar com uma auditoria profissionalizada.
Uma vez por mês, as pastas são encaminhadas ao auditor, que dá seu parecer e sugere ajustes. Esse profissional também pode comparecer à assembleia de fechamento anual, apresentando seu parecer final e conferindo credibilidade à administração realizada.
3. GESTÃO DE CONTAS E INADIMPLÊNCIA
Em um bom gerenciamento de condomínios, é necessário que o síndico ou a administradora consigam controlar as contas e a inadimplência dos moradores. Então, é preciso um controle financeiro eficiente, para que o processo de gestão traga bons resultados para o condomínio.
Inicialmente, deve-se aguardar um período no qual a gestão deve tentar oferecer acordos e soluções amigáveis para o pagamento dos inadimplentes. Caso as tentativas não surtam resultados, não hesite em entrar com uma ação judicial contra esses moradores.
Lidar com a inadimplência condominial é um desafio, que pode acarretar algumas consequências, como por exemplo:
a) O juiz poderá a requerimento da parte determinar a inclusão do nome do executado em cadastro de inadimplentes;
b) O inadimplemento dos encargos condominiais pode gerar a perda da propriedade;
c) O inadimplente fica impedido de votar nas assembleias.
Lembrete: As dívidas condominiais prescrevem no prazo de 5 anos nos termos do artigo 206, § 5.º, inc. I, do Código Civil, in verbis:
Art. 206. Prescreve: 5º Em cinco anos: I – A pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular.
4. MEDIAÇÃO NA GESTÃO EM CONDOMÍNIOS
Em uma boa gestão de condomínios, é extremamente importante saber lidar com conflitos, visto que eles são comuns de acontecer quando pessoas com opiniões diferentes e costumes diversos convivem em um mesmo lugar.
Tanto o síndico do prédio quanto a administradora devem saber mediar os conflitos que possam surgir para manter uma boa convivência no condomínio. Sendo assim, é necessário realizar reuniões ou conversas entre os moradores, para entender as opiniões diferentes. O mediador deve ser sempre ético, ouvindo todos os envolvidos da história e direcionando para uma decisão agradável para todos.
Importante lembra-los “As qualidades humanas mais exigidas nesse mundo globalizado do futuro serão a habilidade para administrar e resolver conflitos”.
5. CAPACITAÇÃO
Se uma pessoa realmente deseja tornar-se um profissional da área de gestão de propriedade, ela deve, antes de tudo, se capacitar. O mercado tem mudado de forma muito rápida, novas leis surgem com frequência e a forma como as pessoas vivem em sociedade também. Por esse motivo, estudar nunca foi tão importante.
Fonte:GroupSoftware
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